Modelagem da Produção de Vacas Leiteiras com Utilização de Pastagem e Silagem de Milho
DOI:
https://doi.org/10.5540/tema.2005.06.02.0249Abstract
Os diversos setores que compõem a cadeia de produção de leite têm debatido sobre quais sistemas de criação seriam mais viáveis para os diferentes segmentos da cadeia. A partir da programação matemática é possível lançar algumas considerações ao debate. Dessa forma, foi desenvolvido um modelo de otimização dos resultados econômicos de um rebanho de vacas em produção. Parte dos coeficientes técnicos e econômicos foram obtidos a partir de um sistema de criação e cultivo desenvolvido no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural. Esse modelo é de programação não linear. Essa não linearidade se deve principalmente ao emprego de equações de predição da ingestão de animais em pastagens, que possuem expoentes diferentes de um. O modelo desenvolvido considera inúmeras restrições associadas às exigências nutricionais das vacas leiteiras, à disponibilidade e qualidade das pastagens e silagem e à utilização das áreas pelas diferentes culturas. O total de área agrícola disponibilizada para o sistema de criação e cultivo de soja foi de 72 ha. Ao se limitar o número máximo de vacas em produção em 60, o modelo estimou o máximo local do valor agregado bruto de R$ 108.694, 70, alocando aproximadamente 17 ha para pastagens, 11, 3 ha e para silagem de milho e 43, 1 ha de soja. Ao se liberar o número limite de vacas, o valor agregado bruto estimado atingiu um ótimo local de R$ 204.066, 00, com 145 vacas em produção. Nessa solução toda a área disponível foi empregada para a produção de pastagem (41, 5 ha) e silagem (30, 5 ha). De maneira geral, a produção média das vacas foi de aproximadamente 14, 9 litros, obtido principalmente pelo consumo de pastagens, porém com suplementação constante de silagem a fim de se atingir níveis mais elevados de ingestão. Em geral, os resultados estimados estão próximos aos encontrados na literatura quando se considera a produção, a ingestão e a capacidade de suporte das pastagens. Quando se compara os resultados estimados com os resultados obtidos no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural , cujo valor agregado bruto foi de R$ 87.521, 78 e a produção média de leite por vaca de 17, 03 litros, é possível concluir que há uma margem considerável para atingir resultados econômicos superiores na produção de leite e nesse sentido a escolha das pastagens tem grande importância.References
[1] Australian Agricultural Council (AAC), “Feeding Standards for australian Livestock”, Ruminants, CSIRO, Victoria, 1994.
L.J.M. Aroeira, Estimativa de consumo de gramíneas tropicais, em “Simpósio Internacional de Digestibilidade em Ruminantes”, Anais pp. 127-164, UFLAFAEPE, Lavras, 1997.
J.L. Berto, “Avaliação de um modelo de predição do consumo de Capim Elefante por vacas leiteiras”, Tese de doutorado, Universidade Federal.
D.J. Hulme, R.C. Kellaway, P.J. Booth, et al., The CANDAIRY model for formulating and analyzing dairy cow rations, Agricultural Systems, Esses, 22, No. 2 (1986), 81-108.
National Research Council (NRC): “Nutrient Requirements of Dairy Catle”, National Academy of Sciences, Washington D.C., 1989.
C.A. Rotz, J.R. Black, D.R. Mertens e D.R. Buckmaster, DAFOSYM. A model of the dairy forage system, Journal of Production Agriculture, 2, No. 1 (1989), 83-91.
L. Schrage,“Otimization Modeling With LINGO”, LINDO Sytems Inc., Chigago, 1998.
J.T. Scott Jr. e E.E. Broadbent, A computerized cattle feeding program for replacent and rotain formulation, Illinois Agricultural Economics, 12, (1972).
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License that allows the sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase impact and the citation of the published work (See The effect of open access).
This is an open access journal which means that all content is freely available without charge to the user or his/her institution. Users are allowed to read, download, copy, distribute, print, search, or link to the full texts of the articles, or use them for any other lawful purpose, without asking prior permission from the publisher or the
author. This is in accordance with the BOAI definition of open access
Intellectual Property
All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License under attribution BY.